terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Inteligência emocional

Tenho 1 amigo inteligente. Tenho alguns espertos. O inteligente, agora é Doutor por extenso. É. Quem o vê ao vivo e bebe uns finos com uma empalhada com ele não diz, mas cada vez que tento ler 1 texto do Daedalus...rendo-me à insignificância do meu vocabulário português científico-profissional básico que se honra com uns palavrões médicos que assustam apenas os leigos. Mas dizia eu que, cada vez que o tento ler desisto ao fim da 2ª frase...tenho que recorrer sempre ao dicionário online para traduzir algumas palavras que descobri serem Português. Não desisto, há 2 anos que o tento ler e penso sempre o mesmo: "este gajo é outra pessoa!".
Desta vez consegui ler um post até ao fim, sem precisar de dicionário nem de perceber de política, religião ou economia, arte moderna ou antropologia. Compreendio-o. Apenas porque se calhar sei o que é a amizade.

No momento em que, depois de um combate, o animal vencido abandona a arena da luta todo o cerimonial do instinto de sobrevivência revivesce: a cabeça desce lentamente, os olhos cobiçam a segurança do solo, a cauda remete-se aos silêncios de entre-pernas. Nessa altura, o animal aproxima-se simbolicamente da casa, do território materno. Por vezes, observa-se um movimento de oscilação em que, subitamente, a agressividade que resta leva a melhor sobre o instinto da fuga. Recomeça então o ritual de esquiva, golpe e mutilação. Isto prova simplesmente que nenhuma luta está definitivamente perdida - pelo menos, se atendermos ao inexistente sentido moral da natureza. Amanhã podemos ser o cão batido que levanta a cabeça e morde.

3 comentários:

Muxy-Muxy disse...

ohhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!! fogo que bonito.

Francisco disse...

és uma exagerada! :)

XS disse...

Parabéns Oh inteligente!
Quero um fino numa esplanadinha ao Sol. Escolhe.